sexta-feira, 29 de agosto de 2008

A importância dos ovários e do útero para a mulher

Jovens ou maduras, com ou sem filhos, muitas mulheres deparam com o drama de perder os órgãos que são palco de algumas das funções mais importantes na vida de uma mulher, a maternidade e a produção dos hormônios da feminilidade. Muitas vezes essas cirurgias são realmente necessárias, mas os médicos estão cada vez mais criteriosos na indicação. A cirurgia de retirada do útero deve ser a última saída. Estima-se que 200 mil brasileiras percam o útero anualmente. Nos Estados Unidos, há um exagero ainda maior de indicações. São mais de 700 mil cirurgias, a maioria delas desnecessária.

A mulher já vem ao mundo equipada com milhares de folículos responsáveis por liberar os óvulos durante a sua vida fértil. Nesse período, uma afinada orquestra hormonal prepara o corpo para a fecundação, em um ritual que se repete a cada mês. Tudo sob a responsabilidade dos ovários. São eles que fabricam os hormônios sexuais reguladores do ciclo (o estrogênio e a progesterona). Mas o papel dessas substâncias vai além de garantir as condições para a maternidade.

O estrogênio, por exemplo, é o hormônio feminino por excelência. Entre outras funções, define um corpo com curvas, mantém a massa óssea e dá sustentação à pele, além de reduzir o colesterol. Sua ausência compromete bem mais do que o sonho de ser mãe. Crescem os riscos de doenças cardíacas e de osteoporose. A vagina fica seca e a libido diminui, prejudicando a vida sexual. A retirada dos ovários leva a uma menopausa precoce com todos seus efeitos.

Já a missão do útero não se limita à nobre tarefa de abrigar uma nova vida nem termina com o nascimento do bebê. O órgão ajuda a manter o assoalho pélvico que dá sustentação à bexiga. Sem esse suporte, há risco de surgir uma incontinência urinária, por exemplo. É do útero, também, que partem importantes artérias que alimentam os ovários. Mal nutridos, eles começam a entrar em falência e sua vida útil diminui, em média, seis anos. Por fim, o órgão também serve de passagem para muitos nervos. Quando esse caminho é cortado, podem surgir alterações neurológicas nos genitais.

A idade e o fato de ter ou não filhos – e, claro, o tipo de problema – fazem toda a diferença na escolha do tratamento. E também no dilema enfrentado por médico e paciente. Embora costumem ter caráter benigno, miomas uterinos e cistos no ovário sempre foram os campeões de indicação cirúrgica. Agora, só quando crescem demais ou mudam de aspecto é que se pensa em intervenção. Ainda assim é preciso certeza de que não há outra solução.

Mesmo em casos extremos como câncer, em estágio inicial, pode ocorrer a conservação dos órgãos, se o câncer não for invasivo e a paciente não correr risco de vida. Quando a única saída é cortar o mal pela raiz, vale um acompanhamento psicológico para garantir que a cabeça saia intacta da sala de cirurgia.

Saúde da mulher

A enxaqueca e a mulher

Enxaqueca menstrual

A enxaqueca é uma condição comum com uma incidência significativamente maior no sexo feminino, afetando entre 13% e 18% das mulheres. A prevalência aumenta até os 40 anos de idade, e então começa a diminuir. Muitas mulheres relatam uma mudança na freqüência e intensidade dos episódios associada à menstruação, embora menos que 10% das doentes apresentem crises apenas durante o período menstrual. Essas dores de cabeça são mais severas e difíceis de tratar. Acredita-se que a variação nos níveis de estrógeno levam a um desequilíbrio nos níveis de serotonina, causando alterações em neurotransmissores importantes na prevenção da enxaqueca.

Se você é uma mulher

com enxaqueca, não se surpreenderá em saber que o seu impacto sobre a qualidade de vida é semelhante ao diabetes, insuficiência cardíaca, ou a hipertensão arterial. Uma crise de enxaqueca é debilitante: trata-se de uma dor em um lado da cabeça, de intensidade moderada a grave, latejante, geralmente acompanhada de outros sintomas como:

  • náuseas e/ou vômitos
  • aversão à luz (fotofobia)
  • aversão ao som (fonofobia)
  • vontade de ficar parada, pois a dor piora com a movimentação.

Um episódio não tratado costuma durar de 4 a 72 horas. Infelizmente, as mulheres tem uma maior tendência a desenvolver a doença: cerca de 18% de nós sofrem de enxaqueca, em comparação a apenas 6% dos homens.

O que é a aura da enxaqueca?

Cerca de 15% dos pacientes apresentam a chamada "enxaqueca clássica". Ela é caracterizada por uma aura que antecede o início da dor, consistindo freqüentemente de alterações visuais em um olho. Essas alterações podem aparecer como pontos escuros em movimento, traços luminosos, pontos brilhantes ou pulsáteis. Em outras pessoas, envolve alterações sensoriais no braço ou na face. A aura dura entre 5 e 60 minutos, desaparecendo antes do início da dor. Os pacientes que não apresentam aura têm a chamada "enxaqueca comum", constituindo cerca de 85% dos casos.

Qual a causa da enxaqueca?

A fisiologia (processo) da enxaqueca é bastante complexa. Uma substância fundamental implicada nos episódios é a serotonina, um mensageiro do cérebro. Níveis reduzidos de serotonina desencadeiam uma série de alterações químicas, resultando na dilatação (expansão) dos vasos sangüíneos cerebrais e na irritação do tecido nervoso.

Um motivo para o acometimento preferencial do sexo feminino é a influência do estrógeno nos níveis de serotonina. Quando os níveis de estrógeno caem, o mesmo acontece com a serotonina. Essa relação entre as duas substâncias também pode explicar porque algumas mulheres apresentam crises pouco tempo antes do período menstrual ou durante a perimenopausa (os anos anteriores à menopausa). Antes da menstruação, os níveis de estrógeno estão reduzidos, tendo grandes variações durante a perimenopausa.

Que fatores têm influência sobre a enxaqueca?

A maioria das mulheres com enxaqueca observam que determinados fatores facilitam a ocorrência das crises. Embora as alterações hormonais sejam apontadas como a causa da doença, muitos outros fatores, como o ambiente, a alimentação, o estado emocional, podem predispor a uma crise. Alguns dos fatores mais comuns incluem:

  • vinho tinto, queijos envelhecidos, e café (com cafeína)
  • nicotina
  • sono prolongado ou fadiga
  • alteração na pressão atmosférica (p. ex., uma queda súbita na pressão quando uma tempestade se aproxima)
  • altitudes elevadas
  • estresse e problemas emocionais.

O tratamento da enxaqueca geralmente requer o uso de mais de uma medicação, além do controle de fatores ambientais e emocionais. As medidas de auto-ajuda incluem:

  • uma dieta saudável, evitando-se alimentos relacionados as suas crises.
  • redução da cafeína na dieta.
  • redução da nicotina (parando de fumar).
  • hábitos de sono saudáveis (por exemplo, dormindo e acordando no mesmo horário todos os dias).
  • um programa de exercício, pois os exercícios aeróbicos diminuem a dor (após avaliação médica).
  • evitar outros fatores desencadeantes quando souber da aproximação de uma frente de baixa pressão atmosférica.
  • procurar áreas de baixa altitude.
  • técnicas de alívio do estresse, como exercícios de respiração e relaxamento.
  • biofeedback

Sexo - Quantas vezes por semana?

Muitos casais medem a qualidade de sua vida sexual pelo número de vezes que transam por semana ou mesmo por dia. Quem foi que estipulou o que seria normal em freqüência de relações sexuais?

Essa necessidade de se fazer sexo todo dia em uma relação estável é apenas mais uma regra social. É importante lembrar que cada casal tem o seu ritmo. Se é uma, duas ou mais vezes por semana, é o casal que precisa decidir se está satisfatório ou não, deixando claro que é preciso haver diálogo e não cobrança. A cobrança por mais relações sexuais por uma das partes, pode ir aos poucos afastando o casal.

Quando um dos parceiros não está satisfeito com a freqüência da relação é bom conversar com o outro. Ver quais as causas. Uma vida cheia de compromissos, cansaço, stress, preocupações, podem ser a razão da perda do desejo sexual.

Doenças e medicamentos também podem interferir nas relações. Muitas vezes, o casal diminui seu ritmo sexual por motivos emocionais. O casal pode se afastar da cama por causa das brigas, dos ciúmes, da cobrança, do que acontece no dia-a-dia dos dois. Por isso a importância do diálogo. Quando se sabe o porquê, fica mais fácil chegar a um acordo que seja bom para os dois.

O importante em uma relação não é a quantidade e sim a qualidade do sexo. O sexo não pode ser visto como uma obrigação, bater o ponto, ou coisa parecida.

Comecem sem a obrigação de fazer alguma coisa. Uma relação estável, por vezes, precisa de estímulos. Sair da rotina. Erotize o seu cotidiano. Programe um final de semana diferente, longe de tudo. Apenas vocês dois.

É importante lembrar que cada um tem o seu ritmo, que é muito mais gostoso fazer de cada transa um momento único do que apenas mais um número para o “placar” da semana ou do mês. Respeitem o seu estilo e aproveitem essa oportunidade tão especial e gostosa de ficarem juntinhos.

Leia também - Sexo com hora marcada.

Fátima Mourah é “Personal Sexy Trainer”, professora de artes sensuais e autora dos livros “Sexo pra mulheres casadas” e “Sexo, amor e sedução”. Dá palestras e cursos de striptease, pompoarismo, pole dancing, como atingir o orgasmo e massagem erótica.

DICAS PARA UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL

1- Conheça seu corpo e lembre que cada pessoa metaboliza de uma forma diferente os alimentos. Quem engorda fácil precisa evitar gorduras. Aqueles que sofrem de colesterol alto não devem comer ovos. O sal é nocivo para os hipertensos, e quem tem problemas com fermentação passa melhor se não exagerar nos doces, leite e feijão, por exemplo.
2- Faça, no mínimo, três refeições diárias (café da manhã, almoço e jantar) e, se possível, inclua um lanche à tarde. Procure observar horários fixos e não transforme os finais de semana em "vale tudo". Assim, gradativamente, você comerá menos e manterá níveis de energia sempre estáveis.
3- Metade das calorias ingeridas deve vir de carboidratos complexos, que são lentamente transformados em açúcar. É o caso das massas, cereais e féculas, como a batata.
4- Use e abuse das frutas e verduras. Elas fornecem as vitaminas, sais minerais e fibras que regulam o funcionamento do corpo. A regra geral é consumir de 3 a 4 frutas diferentes por dia, sendo uma rica em vitamina C (laranja, kiwi, goiaba, caju, etc.). Duas variedades de hortaliças por refeição também garantem nutrição adequada, mas uma deve ser rica em vitamina A (cenoura, beterraba, brócolis, escarola, espinafre).
5- Varie as fontes de proteína diariamente (carnes brancas e vermelhas, queijos, leguminosas e ovos). É desse grupo que vêm as substâncias para formação e recuperação de músculos, peles e ossos.
6- Reduza o consumo de gorduras e açucares simples, como o de refrigerantes e doces. Se não forem imediatamente "queimados" pelo organismo, eles se transformam rapidinho em indesejáveis depósitos de gordura.
7- Para assegurar o fornecimento de fibras, adote pelo menos um alimento integral – pão ou arroz.
8- Mantenha-se hidratado, bebendo água, sucos no intervalo das refeições.
9- Na hora de comer, dê um tempo só para você. Isso significa não "aproveitar" para ver televisão, ler o jornal ou examinar um relatório enquanto mastiga a comida.
10- Resista à tentação dos fast-foods que, em geral, são pródigos em frituras, cremes e alimentos gordurosos, além de forçarem que a refeição seja rápida. Os restaurantes por quilo, por exemplo, oferecem maior variedade e permitem equilibrar melhor o prato.

Seu corpo está pronto para receber um Bebê?

A boa forma física do casal é um item fundamental no planejamento de um filho. O ideal é que três meses antes da gestação, a futura mamãe procure um médico para realizar uma série de exames, destinados a avaliar o quadro clínico geral.

Faça um exame de sangue para saber se você está imunizada contra a rubéola, caso contrário, seu médico irá prescrever a vacina, que deve ser tomada, pelo menos, três meses antes de engravidar.

A alimentação é um item importantíssimo! Se a você está acostumada a consumir alimentos ricos em calorias e pobre em nutrientes, é essencial que saiba o quanto este quadro deve mudar.
Sua dieta, daqui por diante, deve ser rica em vegetais (folhas verdes), laranjas e grãos de leguminosas, os chamados ácido fólico.
Peça ao seu médico mais informações sobre as vitaminas que podem ser ingeridas na fase pré-natal. Estar acima ou abaixo do peso ideal para sua altura e constituição física não é um fator favorável à gestação. Por esta razão, discuta com o seu médico uma forma de solucionar o problema, seja através de uma dieta ou de uma complementação alimentar.
Quando você atingir o peso ideal - indicado pelo seu médico - tente mantê-lo. É importante ressaltar que durante a gestação, os regimes alimentares não são indicados.

O fumo e a ingestão de bebida alcoólica são terminantemente inimigas de uma gravidez saudável. Antes de engravidar, pense bem na incompatibilidade entre a gestação e estes hábitos. Se você optar por um filho, este é o momento ideal para deixar para trás estes hábitos.
Para incentivá-la, basta citar que o fumo pode;
• retardar o crescimento do feto
• pode causar nascimento prematuro
• limitar o envio de oxigênio ao feto
• complicar o parto
• entre outras consequências...
Salientamos que o fumo passivo, também é responsável por problemas, por isso, o futuro papai deve ser solidário e abandonar o vício.

Quanto ao álcool, saiba que a ingestão demasiada, durante a gestação, aumenta o risco de aborto e, no caso dos homens, compromete a fertilidade, já que acarreta uma contagem menor de espermatozóides.

Os exercícios físicos ajudarão você a manter a forma.
O ideal é que você se programe para a prática de alguma atividade física, sendo as mais indicadas a natação e caminhadas.

Como você pôde notar, o planejamento da gravidez deve ser cercado de cuidados e, principalmente, ter um acompanhamento médico. Ainda assim, ninguém duvida que todos os esforços valem à pena!

de mãe para mãe

Depressão pós-parto - Atualizações importantes e inéditas

Mães com partos recentes são vulneráveis a amplo espectro de transtornos psiquiátricos.

A classificação atual (e ainda utilizada) parece defasada e com os dias contados, segundo novos estudos científicos.
Ou seja, “blues”, depressão pós-parto e psicose puerperal devem dar lugar à nova e revolucionária classificação que consta de quatro partes:

1) Psicoses, incluindo a orgânica (por pós-eclampsia e infecções), a psicogênica (relacionada a estresse severo, como ciúme doentio do marido com o nascimento do bebê) e a bipolar (a mais freqüente delas);

2) Transtornos do relacionamento mãe-bebê, que são freqüentes em 10% a 25% das mulheres, e podem levar à rejeição da criança, a maus tratos e até a infanticídios descritos. Aqui o foco afetivo é diferente daquele relacionado à depressão propriamente dita. Isso ainda é ignorado ou subestimado na medicina.

3) Depressão - Conceito importante por questões legais, porém, do ponto de vista médico, mais enfraquecido, já que a associação entre depressão e puerpério é fraca. Não há diferença significativa de depressão no período do pós-parto e em outros períodos de vida da mulher.
Mulheres com depressão pós-parto formam um grupo heterogêneo. Algumas têm, na realidade, ansiedade, transtorno obsessivo e transtorno do estresse pós-traumático. Muitas já tiveram outros episódios de depressão, em momentos anteriores de suas vidas;

4) Sintomas resultantes:
a) de fatores estressores durante o parto (transtorno do estresse pós-traumático);
b) de transtornos de ansiedade específicos, mais freqüentes que a depressão, porém pouco enfatizados e valorizados ainda. Por exemplo, 10% das mulheres têm início de transtorno do pânico em tal período;
c) de obsessões de machucar a criança ou outras preocupações mórbidas.

Portanto, por conta da diversidade da doença mental no pós-parto, dos riscos ao recém-nascido e à própria mãe, intervenções mais eficazes, incluindo as profiláticas, são necessárias, com classificações e diagnósticos psiquiátricos mais adequados. Os dias dos atuais manuais diagnósticos e classificatórios em saúde mental parecem contados.

A futura versão do CID-10 (Classificação Internacional de Doenças) e do DSM-IV (Manual Diagnóstico e Estatístico em Saúde Mental, da Associação Psiquiátrica Americana), que serão respectivamente o CID 11 e o DSM V devem sofrer uma revolução, no que tange aos transtornos psíquicos do pós-parto, com mudanças significativas.

A relação entre mãe-filho deve ser preservada, até mesmo durante uma internação eventual, com assistência de equipe multidisciplinar. A prevenção parece ser a grande chave do tema.

Prof. Dr. Joel Rennó JR - MD, PhD
Coordenador Geral do Pró-Mulher – Projeto de Atenção À Saúde Mental da Mulher
Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicinada USP.

Choice of obstetrician

A good option for the choice of listening obstetrician is an indication of relatives and friends and even from the gynaecologist, who are, in the opinion of dr. Abner Augusto Lobão Neto, obstetrician, coordinator of the specialized prenatal Unifesp and head of the emergency room, obstetrics, a great option. According to the doctor, the patient must seek an obstetrician with whom he has empathy and that, at first consultation, understand the concerns and needs of pregnant women.

Moreover, it is necessary to know a little more about the training of professional, check that is formed into a right of first line and was medical residency in a university hospital. The expertise (master's or doctorate) should also be taken into account "the obstetrician should have a spirit of permanent upgrade, and be willing to listen to all the anxieties of the patient and, in simpler they are, the doubts are never idiots", said, adding that the service must be done in a comprehensive, holistic.

A tip to learn about the professional training is to start the conversation, the first consultation, speaking a little of the occupation, then ask for something with regard to training of doctors. Most doctors are not uncomfortable to talk about his career, so the irritation may be a sign of poor training.
»
Traduzir