sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Tratando o câncer de mama

Após uma avaliação completa, é possível estimar-se qual seria o tratamento mais apropriado. Este pode incluir cirurgia, radioterapia, terapia hormonal, quimioterapia ou uma combinação de algumas das alternativas, dependendo do câncer em si e levando-se em conta a vontade do paciente.

Quando as possíveis opções de tratamento tenham sido explicadas, haverá a possibilidade de você participar das decisões, embora as mulheres, de modo geral, prefiram deixar que o médico decida.

Na maior parte dos casos, o tratamento provavelmente envolverá somente cirurgia ou cirurgia e radioterapia para tratar do câncer de mama e das glândulas das axilas, seguido por um tratamento medicamentoso destinado a destruir todas as células não detectadas e que possam ter escapado para outras partes do corpo.

De todos os cânceres, o câncer de mama é um dos mais tratáveis e associado a um nível bem alto de cura. Os tratamentos para o câncer de mama estão evoluindo assim como a sobrevida. Apesar do fato de muitas mulheres desenvolverem câncer de mama todos os anos, vem diminuindo o número delas que, na realidade, morrem desta condição, demonstrando a eficácia dos tratamentos existentes hoje em dia.

Remoção cirúrgica

Quando o nódulo é relativamente pequeno (menos de 4 cm de tamanho), geralmente é possível remove-lo juntamente com uma pequena quantidade do tecido em torno (cirurgia conservadora da mama). No caso de nódulos maiores, esta operação conservadora da mama pode não valer a pena porque uma maior porção da mama precisa ser retirada para que a paciente se livre do câncer. Nas mulheres com mamas relativamente pequenas, com nódulos menores do que quatro centímetros de tamanho, após a remoção do nódulo e do tecido em seu entorno, talvez não seja possível deixar tecido mamário suficiente para que a mama possa ser salva.

Salvando a Mama
É muito importante discutir todas as opções de tratamento com o seu médico, uma vez que um câncer de mama tenha sido diagnosticado.

Na verdade, cerca de um em cada três cânceres de mama não pode ser removido desta maneira e o tratamento mais apropriado é a mastectomia, uma operação que remove toda a mama, incluindo, também, o mamilo. Felizmente, a técnica cirúrgica evoluiu sensivelmente desde o tempo em que a chamada mastectomia radical, ou seja, a remoção total do tecido até a parede do tórax deixava a mulher com uma deformidade séria no tórax e no braço, afetando o uso normal de seu braço. Você, possivelmente, já ouviu falar ou conheceu alguém que tenha passado por essa experiência desagradável, mas não precisa preocupar-se com que isto lhe aconteça, caso necessite fazer uma mastectomia. Hoje em dia, algumas mulheres preferem fazer uma mastectomia mesmo quando se trata da remoção de um nódulo simples.

Diferentes tipos de cirurgias de mamas

A extensão de cirurgia necessária para o câncer de mama depende do tamanho, da localização, da forma e da natureza do tumor. O cirurgião vai tentar retirar a quantidade mínima de tecido para extirpar o câncer.

Há, também, algumas situações nas quais uma mulher com um nódulo menor do que quatro centímetros possa ser aconselhada a fazer uma mastectomia. Os casos principais são:

  • Quando há mais de um nódulo na mama. As pesquisas mostram que, mesmo que todos esses nódulos sejam removidos, outros nódulos cancerosos vão se desenvolver mais tarde, em outros pontos da mesma mama.
  • Quando o nódulo fica diretamente sob o mamilo de modo que este teria de ser removido ao mesmo tempo. Em vez de deixar a mama sem mamilo, é preferível fazer uma remoção total e realizar uma reconstrução da mama.
  • Algumas vezes uma operação para remover um nódulo não é bem bem sucedida porque uma parte do câncer ou do pré-câncer foi deixado no local. Uma outra operação para remover mais tecido pode ser feita, mas, às vezes, tem-se de retirar a mama toda.
  • No caso do tecido adjacente ao nódulo ser anormal ou no processo de se tornar canceroso; se uma incisão ampla não pode dar conta da remoção, então opta-se por uma mastectomia.

O cirurgião normalmente remove alguma ou todas as glândulas linfáticas de baixo do braço. Há cerca de 20 delas e são o lugar mais comum para onde o câncer se espalha. Saber se isso aconteceu e, no caso positivo, quantas glândulas foram afetadas, é importante para determinar a gravidade do câncer e para decidir pelo tratamento com drogas. O único jeito de saber-se quantas glândulas foram afetadas é remover todas elas e examina-las. Se os exames mostram que elas foram afetadas pelo câncer e se restaram algumas, estas têm de ser tratadas com radioterapia. De qualquer forma, a maioria das mulheres, depois de uma cirurgia conservadora, é submetida a uma série de radioterapia, mesmo se as glândulas não foram afetadas.

Algumas vezes a cirurgia na axila pode causar lesão dos nervos do braço, permanecendo uma sensação de dormência. Isto certamente é um incômodo, mas, de modo geral, não dura muito tempo. Cerca de uma em 20 mulheres que tiveram suas glândulas linfáticas removidas ou tratadas com radioterapia, desenvolveram linfoedema ou inchaço do braço. Um tratamento geralmente reduz o problema, mas, quase sempre, ele não se resolve completamente. Massagem pode ajudar, como também o uso de braçadeiras elásticas e a manutenção do braço elevado por vários travesseiros quando permanecer sentada. É importante evitar qualquer tipo de ferida ou infecção na mão, pois o inchaço pode piorar mesmo depois da infecção ter-se resolvido.

Reconstrução da mama

Se você e seu médico concordaram em fazer uma mastectomia, o cirurgião provavelmente vai discutir com você a possibilidade de fazer uma reconstrução da mama ao mesmo tempo. A operação tem maior chance de sucesso quando feita imediatamente do que quando é adiada para meses mais tarde. Não há nenhuma evidência de que a reconstrução imediata aumente a probabilidade de uma recorrência do câncer ou que torne sua detecção mais difícil, no caso disso ocorrer.

Como é feita a reconstrução?

Reconstrução de uma mama usando implante

Depois da cirurgia da mama, a paciente pode optar por uma cirurgia reconstrutiva. Um tipo de cirurgia consiste em colocar um implante sob a pele. Este é expandido ao longo de vários meses, injetando-se salina nele.

O método mais simples é o de inserir um implante sob a pele, mas isto geralmente precisa ser combinado com algum estiramento da pele restante para compensar a quantidade que foi removida na mastectomia. Isto pode ser feito em dois estágios, de modo que a pele pode ser expandida antes da inserção do implante ou usar-se um implante combinado a um expansor. A idéia é a de que o expansor seja inflado gradualmente ao longo de meses por injeções repetidas de líquido para esticar a pele; funciona de modo semelhante à barriga da mãe sendo distendida pelo crescimento do bebê. Quando esse processo se completa, tendo a pele expandido o suficiente, o dispositivo pode ser removido ou substituído por uma prótese permanente ou implante. Também pode-se remover um pouco do líquido deixando o implante, agora menor e do tamanho da mama, em posição.

A maioria dos implantes consistem numa concha de plástico (Silastics) ou um envelope cheio de gel de silicone. Os implantes mais antigos tinham uma concha muito fina e pequenas quantidades de silicone podiam vazar para fora. Os implantes mais novos têm uma concha externa muito mais espessa, com menor chance do silicone vazar. O corpo produz tecido em torno de um implante, chamada cápsula, e mesmo que haja vazamento de silicone, em todas as mulheres,, exceto em algumas, o corpo seqüestra o silicone dentro da cápsula. Muito ocasionalmente o silicone pode extravasar para os tecidos adjacentes, causando inflamação e cicatrizes.

Muitas próteses médicas colocadas no corpo contêm silicone - articulações artificiais e válvulas cardíacas. Quando o silicone cai na corrente sanguines pode ir se alojar em outras partes do corpo, mas, mesmo nessa situação, não parece causar problemas significativos. Por exemplo, até agora não há nenhuma evidência de que quando o silicone vaza ele cause problemas articulares ou qualquer outra doença. Existem implantes alternativos que usam água salgada ou óleo de soja. Cerca de uma em 10 mulheres experimentam problemas com o implante porque a cápsula ao redor do implante deforma-se ou endurece, causando dor.

Os implantes antigos tinham uma superfície lisa, mas os mais novos têm uma superfície irregular e rugosa, o que faz com que a prótese provoque muito menos endurecimento da cápsula.

Infecções podem aparecer, mas isto é evitado dando-se antibióticos durante e depois da operação.

Uma alternativa aos implantes artificiais é utilizar pele e músculos de outras partes do corpo para substituir a mama perdida. Esses podem ser tirados das costas ou do abdômen. Quando o método de "retalho cirúrgico das costas" é o escolhido, usando-se um músculo chamado latissimus dorsi, é necessário um implante além do músculo para se atingir um tamanho apropriado da mama.

Algumas vezes também é possível transferir gordura juntamente com o músculo do abdômen; sendo assim, o implante não se faz necessário.

As grandes desvantagens de se usar esta abordagem é que o tecido transplantado nem sempre sobrevive. Este é o motivo pelo qual cerca de um em cada 100 retalhos das costas e uma em 20 operações de retalhos cirúrgicos do abdômen são mal sucedidos.

Se o cirurgião usa músculo ou implante para reconstruir a mama, é possível reconstruir o mamilo em um tempo posterior. Isto se consegue pelo transplante de alguma pele mais escura da parte superior interna da coxa ou fazendo-se uma tatuagem para criar uma aréola. Alternativamente, uma solução mais simples é o uso de adesivos de mamilo com aspecto bastante natural.

Radioterapia

As evidências indicam que as mulheres que sofreram uma cirurgia conservadora de mama beneficiaram-se, posteriormente, do tratamento radioterápico, mas este só é necessário para um quarto das pacientes após uma mastectomia.

A radioterapia mata as células em crescimento. Numa mama normal, somente poucas células crescem simultaneamente, mas o câncer consiste de células que estão crescendo continuamente. A radioterapia, portanto, tem o maior efeito sobre o câncer, embora inevitavelmente produza danos superficiais a outros tecidos.

Como é feita a radioterapia?

Você provavelmente terá de ir ao ambulatório de um hospital, diariamente, por quatro a cinco semanas para fazer a radioterapia; a sessão dura poucos minutos e é indolor. Parece um pouco como passar por um raio-X e você não precisa preocupar-se pois ela não a torna radioativa de jeito algum! Antes da primeira dose, é feita uma marca em sua pele com um corante semipermanente para que qualquer pessoa que, cada vez, vá aplicar a radioterapia certifique-se da posição exata. Você terá de ficar completamente imóvel durante a aplicação.

Depois de alguns dias de radioterapia, sua pele fica avermelhada e um pouco lesada, como se você tivesse tomado banho de sol por muito tempo. Até o fim da série pode ser que apareçam, também, algumas bolhas na pele. Alguns radioterapeutas preferem que as pacientes mantenham secas as áreas tratadas, aplicando somente creme, pelo mesmo motivo que ao colocar água na pele queimada do sol você pode estar provocando machucados. Outros médicos acham que a área deve ser mantida úmida. Siga a orientação de seu próprio radioterapeuta porque ele ou ela decidirão o que é melhor para você. Mas você deve proteger do sol a área tratada. Atualmente, há poucos efeitos colaterais decorrentes da radioterapia; por exemplo, ela não faz cair o cabelo nem faz com que você se sinta indisposta, embora até o fim do tratamento talvez possa sentir um pouco de cansaço. Algumas pacientes que passaram por radioterapia na mama podem tossir um pouco, devido ao fato de a radioterapia ter atingido uma parte do pulmão exatamente sob a mama. Isto pode ocasionar uma leve lesão do pulmão provocando uma irritação que resulta na tosse. Ocasionalmente você pode sentir um pouco de falta de ar. Como há tratamentos específicos para estes problemas, se os tiver, avise seu médico.

Consultas para acompanhamento

Se você fez uma cirurgia conservadora de mama, terá de fazer um exame médico completo a cada seis meses, por um ou dois anos e, após este período, anualmente, devendo fazer também uma mamografia anual ou a cada dois anos, de ambas as mamas. Se você passou por uma mastectomia, o exame médico completo deve ser feito a cada seis meses no primeiro ano após a cirurgia e depois anualmente, fazendo uma mamografia anual da mama restante, a cada um ou dois anos.

Tratamentos medicamentosos

Uma das vantagens que os medicamentos têm sobre os outros tratamentos como a cirurgia e a radioterapia é que atingem todas as partes do corpo. Isto significa que eles podem agir sobre as células cancerosas que se espalham em tão pequenas porções que não podem ser detectadas. Como resultado disto, os medicamentos podem prevenir a recidiva do câncer por meses ou mesmo por vários anos após o tratamento.

Se, ao ser diagnosticado o câncer já tiver se disseminado, os medicamentos podem ser o único meio prático de trata-lo. O tratamento medicamentoso geralmente usado no câncer da mama tem duas categorias principais: hormônios e quimioterapia.

Hormônios

A maior parte dos cânceres de mama é afetado pelos hormônios, principalmente pelo estrógeno. Os outros hormônios naturais que afetam o câncer de mama são os progestogênios. Em doses baixas parecem não ter muita influência, mas em doses altas os progestogênios podem fazer com que o câncer diminua tão eficazmente como o fazem outras manipulações hormonais, tais como a remoção do estrógeno ou o uso de antiestrógenos.

É possível determinar se um tumor é sensível a hormônios através de um exame químico em amostras do mesmo, recolhidas numa biópsia. Na verdade, a maior parte dos cânceres de mama é sensível ao estrógeno. Há, entretanto, uma tendência entre as pacientes jovens a apresentarem uma maior incidência de cânceres de mama insensíveis ao hormônio e uma tendência entre as pacientes mais velhas (mulheres na pós-menopausa) a terem uma incidência maior de cânceres sensíveis ao hormônio.

Tumores sensíveis ao estrógeno - Em mulheres na pós-menopausa, cerca de duas entre três cânceres sensíveis ao estrógeno, mas a proporção cai para uma entre três mulheres jovens na pré-menopausa. As células do câncer sensível ao hormônio têm receptores na superfície que reagem ao estrógeno, fazendo com que as células se multipliquem mais rapidamente.

O tamoxifeno é um medicamento que atua bloqueando os efeitos do estrógeno no tumor, o que resulta na sua destruição em algumas pacientes, enquanto que em outras na prevenção de crescimento posterior do tumor. Ambos os efeitos são de grande benefício para controlar a doença e remover os sintomas de câncer. O efeito do tamoxifeno pode durar por vários meses ou anos em algumas pacientes, embora seja impossível predizer quanto o efeito irá durar.

O único efeito colateral realmente sério do tamoxifeno é duplicar a incidência de câncer do endométrio na parede do útero. Indubitavelmente, esse efeito foi enfatizado em excesso pela mídia sendo que o risco, na verdade, é bem pequeno. Desde que se interrompa o tratamento dentro de cinco anos, os riscos do desenvolvimento de câncer endometrial são extremamente baixos. Há evidências que sugerem que o tempo ideal de se tomar tamoxifeno como proteção contra o câncer é, provavelmente, de cinco anos.

Outros medicamentos

Efeitos colaterais do tratamento medicamentoso
Infelizmente muitos dos medicamentos anti-câncer possuem efeitos colaterais desagradáveis, os mais freqüentes são relacionados abaixo. Entretanto, um paciente não precisa, necessariamente, sofre de um ou de todos os efeitos colaterais.
Terapia Hormonal Toxicidade
Extração dos Ovários Ondas de calor da menopausa e suores, rigidez das articulações, diminuição do libido e ressecamento vaginal.
Tamoxifeno Os efeitos acima, mais ganho de peso, náuseas, efeitos nos olhos, risco de câncer endometrial, complicações tromboembólicas.
Inibidores Específicos Os mesmo da extração dos ovários, mais náuseas da aromatase.
Progesterona Aumento de apetite, ganho de peso, sangramento vaginal, tromboembolismo.
Anti-Estrogênicos Não há ondas de calor e nem suores, etc.

Uma nova classe de medicamentos para o tratamento do câncer de mama, os chamados inibidores de aromatase, estão disponíveis há alguns anos e vêm provando ser bem eficazes.

Basicamente são usados em mulheres na pós-menopausa e com sua ação bloqueiam a produção de estrógenos, ainda intensa neste período da vida das mulheres. Ao bloquear a produção do estrógeno, eles privam as células cancerosas da mama do estrógeno, o qual age como um estimulante. Esta é sua única ação semelhante a dos tamoxifeno, mas os inibidores de aromatase ainda agem depois que o tamoxifeno fracassou no controle do tumor. Por serem tão bem tolerados, os inibidores de aromatase atualmente estão sendo considerados como uma alternativa ao tamoxifeno para o tratamento da doença precoce.

Os Ipg também estão sendo usados para o tratamento de câncer de mama num grande número de pacientes, sendo utilizados quando a terapia inicial com o tamoxifeno ou um dos novos inibidores de aromatase falharam. O mecanismo da ação da progesterona é complexo e pouco dele se entende, mas este medicamento vem tendo um bom desempenho por vários anos para o controle da doença.

Os principais motivos pelos quais se opta pelo tamoxifeno e pelos inibidores de aromatase e não pelos progestogênios são seus efeitos colaterais. Estes são mínimos ou leves no caso dos dois primeiros medicamentos, mas os progestogênios podem causar complicações como ganho de peso, sendo que o problema aumenta quando a dose é muito alta. Uma análise do quadro dos efeitos colaterais do tratamento medicamentoso mostra alguns destes efeitos mais comuns decorrentes da terapia hormonal e quais os medicamentos que estão especificamente a eles associados.

Quimioterapia

Este tratamento envolve a administração de uma combinação de medicamentos anti cancerosos, geralmente três de uma só vez. O objetivo principal de cada medicamento é identificar e matar as células que estão crescendo e se dividindo ativamente. Infelizmente, os medicamentos anti cancerosos não conseguem reconhecer especificamente as células cancerosas e podem matar outras células ativas que estão se dividindo, como as células da medula óssea (e cabelo). A medula é um tecido extremamente importante para o corpo porque produz as células do sangue e as células do sistema imunológico que atacam as infecções.

Os medicamentos que destroem estas células acabam por ocasionar complicações tais como a anemia, tendência a infecções e problemas com a coagulação sangüínea, resultando numa tendência a sangramentos mesmo depois de traumas bem comuns.

Os maiores problemas com o sangue, entretanto, dizem respeito às células brancas que fazem parte de nossa defesa contra a infecção - há uma renovação tão grande no número de células brancas do sangue que elas são particularmente sensíveis aos danos causados pelos medicamentos quimioterápicos tóxicos.

Medicamentos que Destroem o Câncer
Esta bomba de quimioterapia usada pela o paciente permite a infusão contínua e precisa de doses de medicamentos anti-cancerígeno numa veia próxima ao ombro.

Os segredo dos bons resultados da quimioterapia contra o câncer encontra-se na combinação dos medicamentos usados que são escolhidos para minimizar os danos causados ao sangue e ao mesmo tempo maximizando o dano às células cancerosas.

Algumas vezes a quimioterapia é administrada antes da cirurgia para diminuir o tamanho do tumor para que o cirurgião, ao operar o paciente, possa causar menores danos à mama.

A quimioterapia contra o câncer é geralmente administrada através de uma injeção endovenosa no braço. Pode ser feita num ambulatório de hospital, mas algumas pessoas preferem passar a noite após a terapia. Os tratamentos variam, mas cada sessão geralmente dura uma hora e meia e é repetida a cada três semanas. Algumas pessoas preferem permanecer no hospital depois de uma sessão de tratamento, especialmente se forem muito ansiosas. Elas podem ficar amedrontadas pelo fato de necessitarem da quimioterapia porque ouviram falar de seus efeitos colaterais desagradáveis, dos enjôos e da perda de cabelo. De maneira alguma todas as pessoas passam por um ou por todos estes problemas. Alguns dos medicamentos anti cancerosos, atualmente, causam um pouco ou nenhum enfraquecimento do cabelo e os remédios contra náuseas dados juntamente com a quimioterapia funcionam muito bem. Os sedativos e/ou medicamentos contra náuseas podem ser dados endovenosamente, caso necessário.

Um dos efeitos colaterais menos conhecidos da quimioterapia é provocar a menopausa precoce em mulheres que ainda estão menstruando. Possivelmente isto ocorre, em particular, nas mulheres que se encontram perto dos 40 anos e até os 50, mas mesmo algumas pacientes mais jovens podem ter uma interrupção temporária de suas menstruações como resultado dos efeitos da quimioterapia na produção de hormônios pelos ovários. Geralmente, as pacientes jovens voltam a ter menstruação após a quimioterapia, e a menopausa natural que venham a ter posteriormente é adiada por vários anos.

O que isto indica é que, exceto em pacientes jovens, a quimioterapia possivelmente afeta a fertilidade e algumas mulheres que adiaram a gravidez tomam providências efetivas na tentativa de armazenar óvulos antes da quimioterapia para que tenham a possibilidade de formar uma família depois que o câncer de mama for tratado. O método mais confiável para conseguir este objetivo é ser tratada por um médico especialista em fertilidade e fazer a estocagem "in vitro" dos óvulos fecundados, (fertilização "in vitro" FIV). Experimentalmente, alguns laboratórios estão verificando a possibilidade de estocar óvulos não-fertilizados, mas no momento esta técnica não está aprovada e não é confiável.

Nem todas as mulheres que passam pela quimioterapia terão a sua fertilidade afetada, assim é aconselhável que elas evitem a gravidez pelo uso de métodos anti-concepcionais, tais como o uso de preservativos, porque as pílulas anticoncepcionais podem causar um efeito adverso no câncer de mama.

Quimioterapia intensiva - Em alguns casos, a quimioterapia comum pode ser inadequada porque o tumor é particularmente agressivo e um tratamento muito intenso passa a ser necessário para eliminar todas as células do tumor. A dose do medicamento tem de ser tão alta que destrói, também, as células da medula da pessoa e, para se contrapor a isto, células sadias devem ser retiradas da medula antes da quimioterapia e devolvidas depois.

Embora a quimioterapia intensiva envolva elementos de risco, é ainda a melhor opção para alguém que tenha um tumor muito agressivo e, no momento, estão sendo feitas na Europa experiências clínicas controladas desta técnica.

TRH

A quimioterapia e a terapia hormonal podem produzir sintomas de menopausa e podem, na verdade, induzir artificialmente uma menopausa permanente. Muitas pacientes perguntam se é possível fazer a TRH para aliviar os sintomas desagradáveis da menopausa. A orientação da maioria dos centros é para que não se faça a TRH até que outras alternativas tenham sido tentadas, embora ninguém saiba se a TRH afeta adversamente ou não o câncer de mama. O problema é que a TRH é feita com a administração de doses baixas de estrógeno, que, na teoria, pode estimular um novo crescimento de algumas formas de câncer de mama. Experiências clínicas vêm sendo feitas para se verificar se a TRH pode ser usada com segurança, mas as respostas ainda vão demorar alguns anos. Há outras maneiras de se aliviar os sintomas da menopausa causados por tratamentos anticancerosos, algumas vezes com o envolvimento de medicamentos tais como baixas doses de pregesterona e algumas vezes modificando-se o estilo de vida, com o uso de roupas que tendem a reduzir o calor (soltas e feitas de material natural e não de fibras sintéticas).

Medicina complementar

Muitos médicos se preocupam com a idéia de que algumas pessoas com câncer de mama optem exclusivamente pelo uso de medicina alternativa quando sua doença é sensível ao tratamento convencional. Mesmo assim, muitas pessoas encontram um grande consolo para o controle de suas condições com fititerápicos ou outras práticas da assim chamada medicina natural.

A abordagem mais sensata é discutir o fato aberta e honestamente com seu clínico-geral. Ele ou ela provavelmente não farão quaisquer objeções, desde que você não opte pela medicina complementar no lugar do tratamento médico convencional.

Quando a cura não é possível

Apesar dos maiores esforços das equipes médicas e cirúrgicas, algumas mulheres com câncer de mama podem atingir um desenvolvimento tal da doença que impeça a sua cura. Mesmo quando isto acontece, ainda há muito a ser feito para ajudar a mulher em si e sua família.

Quase sempre é possível controlar sintomas tais como a dor e a náusea e as equipes de cuidados paliativos serão compostas de todos os especialistas necessários. Assim, a equipe pode orientar tanto o clínico-geral como o departamento de oncologia do hospital quanto ao uso ideal de medicamentos tais como os analgésicos, medicamentos que combatem a náusea e a diarréia e os que maximizam o apetite das pacientes, muitas vezes insuficiente, como resultado da doença ou do tratamento. Deve ser lembrado aqui que objetivo único da intervenção da equipe de paliativos é dar 'a paciente a melhor qualidade de vida possível, com o mínimo de sintomas da doença e o menor número de efeitos colaterais decorrentes do tratamento.

Pontos centrais

  • Hormônios sintéticos são medicamentos muito eficazes para tratar os cânceres de mama sensíveis a hromônios.
  • As doses e os esquemas quimioterápicos são planejados de tal forma a otimizar o efeito anto-canceroso e minimizar os efeitos lesivos sobre os tecidos normais.
  • Os tratamentos paliativos do câncer de mama são freqüentemente ministrados em conjunto com a equipe especializada em câncer de mama, a fim de melhorar a qualidade de vida da paciente.

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